A Secretaria da Saúde do Paraná (SESA) divulgou ontem (25) o Informe Epidemiológico da Febre Amarela confirmando três epizootias - mortes de macacos contaminados pelo vírus da doença. As epizootias aconteceram no Município de Coronel Domingos Soares, na região Sudoeste.

Em virtude disso, uma videoconferência sobre a doença foi promovida pela SESA, que alertou os municípios do Oeste do Paraná para prestar atenção na circulação do vírus na região, conta a médica veterinária do setor de Vigilância Sanitária e Ambiental de Quatro Pontes, Rosangela Zuanazzi Leobet. “Oriento os moradores do nosso município para que na observação de macacos mortos no interior, entrem em contato com a Vigilância Sanitária. Iremos fazer a coleta para monitorar a circulação do vírus da febre amarela, mesmo que o animal esteja morto há mais dias. O intuito é a prevenção de casos humanos de febre amarela através da detecção precoce da circulação do vírus, ainda no ciclo enzoótico, entre vetores, mosquitos e primatas não humanos”, explica.

Ela acrescenta: “A febre amarela é uma doença que se mantém no ambiente em um ciclo silvestre e é transmitida por mosquitos. O macaco é importante, pois serve como indicador da presença do vírus em determinada região. Ele é sentinela, ou seja, não transmite diretamente a doença aos humanos”.

Boletim

Diante da confirmação de positividade das primeiras epizootias do período sazonal 2020/2021, o boletim da febre amarela volta a ser publicado pelo Estado de forma quinzenal. O boletim informa um total de 65 notificações sobre mortes de macacos no Paraná em 16 municípios: 30 notificações foram descartadas, 27 foram encaminhadas como causas indeterminadas, cinco seguem em investigação, além das três confirmadas como mortes por febre amarela. Os casos em investigação foram registrados em Cruz Machado (Sul), Clevelândia (Sudoeste) e Assis Chateaubriand (Oeste).

Vacina

A forma efetiva de prevenção é a vacina. Desde julho de 2018, todos os municípios do Paraná passaram a ser área com recomendação vacinal devido à circulação viral. A SESA reforça a orientação para a vacinação na faixa etária entre 9 meses a 59 anos 11 meses e 29 dias de idade.