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| 18/05/2022 - 08:23
SESA mantém alerta para cuidados contra a dengue e tira dúvidas sobre a doença

Eliminar o mosquito da dengue é fundamental, assim como a informação sobre a doença, de como ela é adquirida e como evitar a transmissão. Atividades com os agentes de combate a endemias, a coleta de dados, os trabalhos de campo das equipes especializadas, as ações educativas junto à população, as capacitações e treinamentos de servidores e agentes de saúde são condutas efetivas e que mobilizam o sistema de saúde pública. No entanto, a participação da população é essencial para a eliminação dos criadouros do mosquito, já que a maioria está localizada em terrenos e residências.

Nesse contexto, para que todos possam contribuir no combate à dengue, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) tira dúvidas e responde a questões relacionadas à doença. Atualmente, o Paraná registra 150.752 casos notificados, com 56.191 confirmações. São 12.440 casos a mais, um aumento de 28,43% em relação aos números do informe anterior. Os dados são do 38º Informe Epidemiológico, do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 1º de agosto e deve seguir até julho de 2022, divulgado ontem (17).

Dos 380 municípios que registraram notificações de dengue, 328 confirmaram a doença, sendo que em 286 deles são de casos autóctones, ou seja, a dengue foi contraída no município de residência dos pacientes. O boletim semanal da dengue da Sesa informa a morte de mais nove pessoas. A doença já causou 21 óbitos em todo o Estado, desde o início do período epidemiológico.

Dúvidas e alguns mitos sobre a dengue podem ajudar a evitar novos casos:

Como a pessoa reconhece o mosquito Aedes aegypti?

O mosquito apresenta: corpo escuro, com listras brancas no tronco, cabeça e pernas e possui hábito de picar, principalmente, durante o dia.

Como a população pode ajudar?

Evitando a presença de criadouros, tanto na casa como no local de trabalho e estudo, dando destinação adequada ao lixo, inservíveis e recicláveis. Eliminar qualquer recipiente que possa acumular água é a chave para evitar a proliferação do mosquito.

Quais os criadouros mais comuns do mosquito da dengue?

Pneus, calhas, vasos, pratos de vasos, garrafas, caixas d’água sem tampa ou com a tampa quebrada, latas, lonas ou plásticos, ralos, bromélias, piscinas sem tratamento, banheiros em desuso, cisternas sem vedação adequada e recipientes que possam acumular água.

Uma pessoa infectada pode passar a doença para outra?

Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções. A pessoa também não se contamina por meio de fontes de água, alimento ou uso de objetos pessoais do doente de dengue. A transmissão ocorre apenas através da picada do mosquito infectado.

Quais são os principais sintomas da dengue?

Febre alta (maior 38.5ºC), dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Outros sintomas mais graves tais como dor abdominal intensa, vômito persistente, tontura (hipotensão), diminuição do volume urinário e muito cansaço também podem ocorrer.

Em quanto tempo os sintomas aparecem?

De três a quinze dias após a picada do mosquito infectado.

Como distinguir a dengue de outras doenças febris como a gripe?

As duas condições são parecidas porque ambas têm entre os possíveis sintomas febre, dores de cabeça e no resto do corpo, cansaço e mal-estar. Mas a dengue não apresenta sintomas respiratórios como coriza (nariz escorrendo), obstrução nasal (nariz entupido) ou tosse. O paciente deve evitar a banalização de casos febris e logo que iniciem os sintomas, procurar o serviço médico.

A partir de que momento deve-se procurar um médico?

É necessário buscar atendimento médico sempre que houver qualquer manifestação de algum tipo de sinais ou sintomas.

Por que alguns medicamentos são contra indicados em caso de dengue?

Medicamentos derivados de Ácido Acetilsalicílico (AAS) são totalmente contraindicados em todos os casos de dengue ou suspeita porque interferem na função plaquetária e assim, aumentam o risco de sangramentos e hemorragias. Os anti-inflamatórios podem produzir sangramento digestivo em pacientes predispostos. Pessoas que fazem uso crônico de medicamentos devem informar esta situação na consulta médica para readequação conforme o caso (AAS infantil, anticoagulantes, entre outros). Evitar a automedicação.

Por que algumas pessoas desenvolvem a forma grave da dengue e outras não?

A dengue não é uma doença banal e incapacita o paciente por vários dias. A maioria dos casos evolui para a cura, mas algumas pessoas podem evoluir para as formas graves da doença e isso pode ocorrer pela predisposição individual, principalmente os portadores de outras comorbidades, crianças, idosos e gestantes. E ainda se a pessoa contrair ou infectar-se por outro sorotipo.

Podem ocorrer casos de dengue nos meses de inverno?

Sim, desde que sejam mantidas as condições que propiciam a proliferação do vetor. Mesmo em condições de baixas temperaturas, os ovos do mosquito se mantêm viáveis nos criadouros, por aproximadamente um ano, vindo a eclodir assim que as condições ambientais estejam favoráveis. Por isso, é importante realizar o trabalho de remoção de todo e qualquer recipiente que possa acumular água, mesmo durante o inverno.

Colocar água sanitária na água ajuda a evitar as larvas?

Não.  A única maneira de evitar a proliferação do mosquito é a eliminação e remoção de depósitos de água. .

Como é feito o diagnóstico de dengue?

O diagnóstico é realizado através da avaliação médica, sendo baseada em exame clínico do paciente e vínculo epidemiológico. Poderão ser realizados exames complementares, como por exemplo, o hemograma, para identificar a gravidade da doença e realizar o estadiamento da dengue. Os testes são indicados para monitorar a situação epidemiológica no Paraná e realizados em pacientes classificados com sinais de alarme e dengue grave. São enviados pelo Ministério da Saúde e também estão disponíveis para gestantes e para os óbitos suspeitos por dengue – 100% dos exames garantidos nestes casos, para critério de Vigilância da doença no Estado.

Em que casos é feito o chamado “fumacê”?

A utilização do "fumacê" é realizada como último recurso para o combate ao vetor e possui caráter complementar às demais ações de controle, em virtude do alcance limitado e do grande impacto ambiental. Deve ser utilizado apenas em operações emergenciais na tentativa de contenção de surtos ou epidemias. 

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